Estudante Ana Argento expõe na Argentina sua experiência com o Festivale
A argentina Ana Argento Nasser participou das atividades do Programa Polo Jequitinhonha no ano de 2009 durante um programa de intercâmbio. Ana é formada em comunicação e cursa licenciatura na Universidad Nacional de Córdoba, e participou das atividades para a formação da "Assessoria de Comunicação do 27° Festivale", realizado em Grão Mogol. O projeto incluia a participação de jovens da região no trabalho de comunicação, possibilitada por oficinas formativas ministradas pelo Polo e pela Associação imagem Comunitária. Estes jovens, posteriormente, colocariam em prática o que foi aprendido nas oficinas durante o trabalho na assessoria.(Foto:Ana Argento em frente ao pôster apresentado)
Toda a vivência durante a integralização deste projeto, com jovens do Vale e a população local, gerou um trabalho onde é abordada a Comunicação Popular. No trabalho, Ana destaca a importância da comunicação e da sua democratização para grupos sociais sem grande visibilidade e a margem dos processos midiáticos. Ela destaca também o quão interessante é prover estes grupos das práticas comunicacionais, resultando em informação com expressão, sentimento e idéias de originalidade única. Ana revela os desafios na formação dos jovens, tendo como premissa o direito a se comunicar, e a metodologia aplicada para a satisfação desses objetivos.
Buscando dar maior visibilidade a este grande evento cultural que é o Festivale, o projeto em que Ana se inseriu trabalhou para diagnosticar públicos e planejar a comunicação e a divulgação do evento, outro ponto bem detalhado no trabalho apresentado na "XVIII Jornada de Jovens Investigadores", organizada pela Associação de Universidades do Grupo Montevidéo (AUGM). Este encontro aconteceu na Universidad Nacional del Litoral, na cidade argentina de Santa Fé, durante o período de 7 a 9 de outubro de 2010. O trabalho teve como título "COMUNICACIÓN: TENSIÓN ENTRE LO TRADICIONAL Y LO MODERNO. EXPERIENCIA EN BRASIL."
Em uma pequena entrevista concedida por Ana, ela nos revela o porquê do título: "As tensões entre o moderno e o tradicional de que fala meu trabalho é porque ocorreram duas principais: a primeira tensão nas oficinas com a equipe da AIC e do Polo a gente proveu aos jovens da região, uma tensão entre seus conhecimentos prévios e os ensinados naquela oficina (...) A outra tensão forte que eu vi, foi a utilização da técnica numa região estigmatizada pela pobreza. Aprendi muito do intercambio com as pessoas do lugar, do carinho deles, e também como a pobreza não pode ser medida só pelo dinheiro. O Vale tem verde, versos, vida e viola e pessoas que lutam pelo que mais querem: sua cultura e sua identidade. E na Assessoria de Comunicação nós provemos um espaço de democratização da informação para onde os jovens moradores desse lugar pudessem expressar o que eles achavam da sua realidade mediada pelo Festivale".
A recepção do trabalho foi positiva por parte dos participantes do encontro. Estudantes brasileiros que prestigiaram a apresentação deste trabalho destacaram a importância de promover a cultura popular do Vale e do Brasil. Segundo Ana seu trabalho não foi entendido apenas como pesquisa, mas também uma experiência que marcou sua vida pessoal e acadêmica. Sobre o ato de expor seu trabalho neste encontro internacional, Ana diz que compartilhar este tipo vivência é a maior riqueza de um intercambista.
Fonte: Com informações da UFMG
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